terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Fábrica de idiotas


Faz tempo que não passo aqui. senti saudades, sobretudo do header que é tirado do filme do bergman. agora, tô de volta, mas, como sempre, de passagem. essa coisa de blog é bacana, mas cansa... ai, ai. O meu leitor, então, deve ter ficar entendiado... desde junho esperando ansiosamente o novo post, mó chá-de-cadeira. e agora, meses depois, salpico aqui essa porcaria escrita na maior má-vontade.
Mas blog é isso: - um bando de idiotas escrevendo idiotices que imbecis, ávidos por qualquer merda, leem, riem e preenchem suas vidas entediantes .
É... a fábrica de idiotas não para de funcionar. dostoiévski, monamour, perdoe esse povo que não sabe (nem nunca soube) o que faz.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Asclépio ou Matilde?



Pior que sexta-feira 13 é o sábado 14. Astrólogos, tarólogos, numerólogos, mentirólogos do mundo todo deixaram que essa data nefasta passasse despercebida ao longo dos séculos e as conseqüências foram desastrosas. Enquanto tratavam de se guardar na véspera, os supersticiosos ficavam vulneráveis no dia seguinte e aí... Pimba! Muitos padeciam sem saber como nem por quê. E as causas eram as mais inexplicáveis possíveis.

Foi o caso do senhor Asclépio Sobral, em 14 de setembro de 1901, um sábado chuvoso na capital do Afeganistão, o Rio de Janeiro antigo.
Asclépio fora educado com rigidez máxima em um colégio interno. Seus pais não admitiam sem-vergonhice. Sonhavam que o filho amado se tornasse alguém, um grande vulto na história da humanidade. Mas Asclépio os desapontou. Tornou-se alfaiate. E para desgosto total da família, tinha fama de efeminado.


Naquela época ser efeminado era pior que ser leproso ou tuberculoso. Por conta disso, Asclépio sofria, ainda que tivesse talento com a tesoura, as agulhas e entendesse muito de tecidos. As moças nem tanto, mas os brutamontes de jaqueta e polaina não respeitavam sua sensibilidade e o marginalizavam.

Alijado do convívio social com cidadãos do mesmo sexo – exceto nas alcovas –, Asclépio vivia metido junto às damas e seus assuntos giravam exclusivamente em torno da moda, prendas domésticas e de outras esquisitices femininas.
De tanto estar com elas completamente integrado ao universo feminino, desejou ser mulher. Sim, ele precisava transformar-se externamente naquilo que sempre fora em seu íntimo. Mas não bastava vestir-se com saias, rendas e babadinhos; queria
mais. Ousou trocar de sexo. Visitou um cirurgião de sua confiança, pagou bem e capou os testículos. Mais que um mero eunuco, surgia assim o primeiro transexual do Afeganistão. Seu nome: Madilte!
Matilde foi um sucesso fulminante. Os homens, fascinados pelos modos delicados e a feminilidade exuberante daquela novidade da sociedade afegã, viviam a seus pés. Mas ela não se limitava a desfilar garbosa pelos salões. Foi parar nos palcos e brilhava ao som das orquestras em meio a coristas de fama internacional.

Cercada de admiradores e com a conta bancária engordando dia a dia, Asclépio-Matilde podia se dizer feliz. Mas isso foi até descobrirem sua verdadeira identidade.Denunciada por um amante mal-resolvido, Matilde-Asclépio despencou dos céus diretamente para o fogueirão do inferno. Voltou a ser homem, mas o pior de todos. Escorraçado, humilhado, acabou doente. E os que um dia a trataram como rainha, agora nem quiseram esperar que morresse vítima do mal que corroia seu corpo e seu espírito. Apressados e enojados, alguns carrascos resolveram enterrá-lo vivo. Asclépio não ofereceu resistência. Deixou-se levar até o ataúde e deitou nele como se morto estivesse. E lá permaneceu para sempre.

Era um sábado chuvoso, 14 de setembro de 1901.

As maiores mentiras brasileiras


Na onda das listas, vamos aproveitar o espaço pra relembrar algumas das frases mais idiotas que existem, cunhadas por gente que muito provavelmente nunca esteve ou sequer ouviu falar no Brasil:

1) O crime não compensa

2) O dinheiro não traz felicidade

3) A justiça tarda, mas não falha

4) Somos todos iguais perante a lei

5) O voto existe para mudar a nossa vida

6) O Brasil é o país do futuro

7) Sexo sem amor não é bom

8) Deus é brasileiro

9) A esperança é a última que morre

10) Mentira tem perna curta


Algumas dessas verdades funcionam aqui no nosso país, o Afeganistão?

O amor que vale


Namorados têm mesmo é que namorar. Ontem, quinta, o que mais se viu aqui na capital afegã foram casais em demonstrações públicas de afeto. Ninguém economizou gestos, ninguém teve pudor. Milhares de mãos entrelaçadas, de todas as idades e credos, passearam orgulhosas pelas ruas. Línguas se enroscaram em beijos acrobáticos, sobretudo nas filas dos restaurantes, dos motéis, das lojinhas de presentes. Os comerciantes, é claro, adoraram tudo – eles os mais interessados nessa paixonite datada.

E a febre tende a continuar. Hoje, santo Antônio e sexta-feira 13 concomitantemente, é a vez dos solteiros e solteiras saírem à caça de gatos e gatas pra fins matrimoniais. Tsk, tsk... Os que conseguirem podem se considerar afortunados, caso acreditem na vibração positiva da data; ou vítimas, caso projetem todas as conseqüências de um divórcio. Xô, azar!